Este é o meu roteiro de 5 dias em Sevilha que em agosto é forno de dia, e quente à noite.
Sevilha situa-se a duas horas de carro de Loulé e para além de ser o berço da cadeia de restaurantes 100 Montaditos, é também o local do ‘Flamenco’ e um dos locais escolhidos para as gravações da série Game of Thrones. Sim, já não se escolhe locais pelo seu legado histórico, mas sim pelo legado cinematográfico.
O objetivo desta viagem foi fazer uma pausa mental e física e como tal, queríamos um local relaxante, mas, ao mesmo tempo que tivesse algum ambiente de divertimento. O calor em Sevilha foi algo que para mim era um chamariz, mas acredito que os, 50.º ao sol não seja lá muito convidativo. Ainda assim, foi uma das melhores cidades que já visitei.
A ida para Sevilha foi feita de carro. Por quê? Porque tenho um carro a gás e posso-me dar ao luxo de pagar 20 euros de combustível para viajar. E como ficava mais caro ir de avião, e sendo a 2 horas do Algarve, pareceu-me uma opção válida.
O que visitar em Sevilha
O planeamento foi todo feito no Wanderlog, uma das melhores ‘apps’ de planeamento de viagens que usei até hoje. Como o objetivo era descansar e beber uns cocktails na piscina do hotel, dividi esta viagem em passeios à cidade de manhã e piscina à tarde.
Sevilha: Dia 1
O primeiro dia foi maioritariamente gasto a viajar para Sevilha. Uma coisa que não estava à espera foi a surpreendente baixa oferta de bombas de combustível com gás no Algarve, principalmente perto da fronteira com Espanha. Se isto não tivesse corrido mal e não tivéssemos um atraso considerável, a primeira paragem seria em Huelva para almoçar. Não é uma cidade com um vasto leque de coisas para ver, mas a ideia era parar para almoçar na Plaza de las Mojas com vista para a Estátua de Cristóbal Colón. Uma coisa rápida porque o foco era Sevilha.
O plano era chegar a Sevilha e ir diretamente para o Hotel Meliá Sevilha, estacionar o carro, fazer ‘check-in’ e descansar um pouco antes da primeira saída pela cidade.
A escolha do Hotel não foi ao acaso, mas houve sorte envolvida. Inicialmente estava previsto ficarmos no Hilton Garden Inn com ‘check-in’ a 24 de agosto e Check-out a 28 de agosto por volta de 400,00 €. Mas ficava a mais de 40 minutos de transporte público do centro de Sevilha. À última hora consegui uma promoção no site da Meliá em que as mesmas datas ficaram por 342,00 € o que ainda dava para pagar a diária do estacionamento do carro que eram uns chocantes 20,00 € por dia. Mas era isso ou estacionar na rua onde os comentários davam conta de roubos, vidros partidos, etc. O Hotel Meliá Sevilha ficava, literalmente, ao lado da Praça de Espanha, o que era uma excelente localização.
E o plano prosseguiu. Chegados ao Hotel, ‘check-in’ feito e descansados, fomos para o primeiro passeio. Saímos diretos para a Praça de Espanha e para a Praça América, logo ao lado.
Visitar uma cidade em dia de semana tem uma vantagem, sossego. A praça tornou-se gigante e os jardins intermináveis. Aqui há tempo para tudo. Para todas as fotos e mais alguma.
O dia terminou no bar exterior do hotel com o tão merecido cocktail de férias com uma vista incrível para a piscina que muito me em breve me iria receber!
Sevilha: Dia 2
Se a ida ao bar à noite já antecipava uma cidade quente, a decisão de passear de dia e fazer piscina à tarde tornava-se ainda mais imperativa.
Antes de arrancarmos para os passeios foi preciso comprar os cartões de viagem. Até porque o carro era só para a viagem grande. Passear era de transportes públicos. E na cidade de Sevilha, tirando as trotinetes pessoais de cada um, os transportes públicos são o que mais se vê na rua. Arrancámos diretos às Setas de Sevilha (que também significa Cogumelos de Sevilha).
Nós não fomos com o intuito de gastar dinheiro em museus e espaços. Por isso o passeio às Setas não só valeu pelo facto de nos obrigar a mergulhar na zona de Alfalfa, no centro histórico de Sevilha, como o seu exterior bastou-nos para apreciar o espaço e edifício.
Já mergulhados no centro histórico e, porque ficava a caminho, decidimos ir ainda visitar (não entrámos) a Casa de Pilatos, palco do filme Lawrence da Arábia de 1942, e seguimos para a Catedral de Sevilha.
O almoço foi no Donaire Azabache com vista para o edifício do Arquivo das Índias com direito a desfile de Carruagens puxadas a Cavalo e o som de periquitos no topo das árvores.
Já com o sol a começar a apertar, estava na hora de regressar ao hotel para a tão merecida piscina e para o tão desejado Moscow Mule.
Sevilha: Dia 3
No terceiro dia o plano era fazer o passeio de barco pelo tão famoso Rio Guadalquivir. E eu pensei. Se eu tive de decorar o nome deste rio na escola, então vou andar de barco nele! ahaha e assim foi! Fizemos a nossa reserva no Get Your Guide ainda em Portugal a pensar “Ao final da tardinha que está menos calor é capaz de ser a melhor opção.”. Nunca suei tanto do bigode que não tenho neste passeio. A verdade é que em Sevilha, quanto mais se aproxima o final do dia, maior é o calor. Por isso recomendo a fazerem este passeio de manhã bem cedo! 🙂 E como a doca do barco é em frente à Torre do Ouro fazem um dois por um e ainda tiram a foto da Torre enquanto esperam pelo barco.
Após suados, cansados, e famintos, ali bem perto têm a Taberna del Arenal onde despachamos umas belas tapas e ainda comemos uma iguaria que mais tarde descobrimos que era, na verdade, rabo de touro.
Sevilha: Dia 4
O quarto dia foi dedicado ao Real Alcazar de Sevilha. O local usado para filmar a série Game of Thrones. Compramos a entrada no Get Your Guide e percorremos os jardins e espaços deste gigante espaço do centro de Sevilha.
Sevilha: Dia 5
O quinto e último dia foi dedicado ao regresso. Não só descobrimos que Sevilha fecha aos finais de semana, como aproveitámos para regressar mais cedo e não apanhar o calorão da viagem. Para quem viaja de carro para Sevilha, algo a ter em conta é a qualidade das autoestradas. Para quem conhece bem as estradas em Portugal, notei uma semelhança no estado da estrada muito idêntica à qualidade das nossas estradas nacionais de Lisboa -Algarve ou outras similares. Não mais de 100 Km/h devido aos enormes buracos e estado vergonhoso do alcatrão. Agora dou mais valor às nossas autoestradas.
Se gostaria de voltar? Sim. É das raras cidades que voltaria sem problema.
Comentem abaixo o que ficou por visitar e o que acharam!