Sir Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, abriu o Websummit Lisbon 2018 com um pedido de pai que quer salvar o seu filho. For The Web.
A internet como a conhecemos já não é o que Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, criou e idealizou. Há muita coisa que nasceu com a abertura de uma comunicação digital e global. Não só negócios, como atitudes. E estas atitudes são o “calcanhar de Aquiles” de uma internet que se quer verdadeira, segura, e para todos.
Num momento em que estamos a chegar ao ponto em que as Fake News estão massificadas, o pai da internet quer um ponto final neste abuso. Não só de Fake News, mas de comportamentos entre utilizadores neste mundo digital. Quando a internet começou ninguém sabia o que significava Cyberbullying. Em 2017, um estudo sobre Cyberbullying indicava que nos Estados Unidos da América, 14,9% dos estudantes do secundário sofreram de cyberbullying nos 12 meses anteriores ao estudo.
A solução segundo a WWW Foundation, é a celebração de um contrato. Mais do que um contrato, é um acordo de comprometimento, entre os utilizadores da internet. Um movimento chamado #ForTheWeb. Este contrato tem uma lista curta e básica de princípios fundamentais.
Governos
Os governos devem garantir que todos tem acesso à internet. Independentemente de quem são e de onde vivem. Devem poder participar ativamente no mundo digital.
Devem garantir que o acesso à internet é feito sem limites. Para que todos possam aceder de forma totalmente livre.
Os governos devem garantir o respeito pela privacidade dos seus utilizadores. Para que todos possam usar a internet de forma livre, segura, e sem receios.
Empresas
As empresas devem garantir uma internet com preços acessíveis e disponível a todos. Ninguém deve ser privado de aceder e ajudar na construção da internet.
Respeitar a privacidade e dados pessoais dos consumidores para que estes tenham sempre controlo da sua presença no mundo digital.
Desenvolver tecnologias que ajudem a potencializar as características positivas dos consumidores, e trabalhar as características negativas. Desta forma a internet será um serviço público que coloca as pessoas os seus utilizadores em primeiro lugar.
Cidadãos
Os cidadãos devem ser criadores e colaboradores da internet para que a internet tenha conteúdos de qualidade e relevantes.
Devem construir comunidades sólidas que respeitem o diálogo público e a dignidade humana, para que todos se sintam seguros e bem-vindos ao mundo digital.
Devem lutar pela internet para que esta se mantenha sempre de portas abertas e que seja uma fonte de informação para qualquer um, em qualquer lugar, agora e sempre.
Estes princípios básicos são a base de discussão para a construção do contrato para a internet.
O Mercado do Homem, concorda com Tim.
É na produção de conteúdos com bases sólidas e verdadeiras que se define a qualidade da internet e das plataformas de comunicação. Sejam canais de notícias ou simples blogues. É imperativo que a internet cresça de uma forma saudável, verdadeira, e consciente do que cada palavra e imagem representam para quem a ela tem acesso.
Por esse motivo, entrámos no barco. Juntámo-nos ao movimento #ForTheWeb e mais do que nunca temos o comprometimento de garantir que tudo o que é lido neste blog não vai contra a nossa definição de comunidade digital saudável. Uma comunidade aberta, cordial, democrática, e principalmente, verdadeira.
Convidamos todos a juntarem-se a este movimento para que o futuro da internet seja perfeito para todos.