Hoje em dia, os padrões de beleza que as agências requerem para agenciar modelos são bem diferentes do que era antigamente.
Depois dos movimentos anti magreza extrema das modelos femininas, do interesse do mercado por mulheres com “curvas” e pelo interesse de algo diferente e mais próximo da imagem comum do consumidor, levou a que as agências e as marcas se adaptassem na comunicação que produzem mundialmente e localmente.
No desfile da coleção Yeezy fruto da parceria entre Kenye West e a Adidas, saltou a atenção um modelo em especial.
Ralph Souffrant, de 21 anos (diga-se de passagem, que assinou o primeiro contrato com uma agência de modelos e no mesmo dia fez o seu primeiro trabalho agenciado no desfile da Yeezy Season 3), originário do Hiti e atualmente a morar em Brooklyn NY, sentiu na pele o que é viver numa sociedade com a diferença de ter uma pele pigmentada e diferente da maioria das pessoas. Esta diferença e as constantes “brincadeiras” dos amigos e pessoas no geral, levou a que abraçasse o fitness como forma de aumentar a sua autoestima (nota-se os resultados deste jovem de 21 anos). Como sempre nestes casos, alguém notou a sua beleza diferente. Neste caso um fotografo, que manteve contacto com o modelo e posteriormente ajudou-o a criar a página de Instagram. O que no início era um problema, uma vergonha e motivo de chacota, hoje em dia é orgulho e está a ajudá-lo a dar melhores condições de vida à sua família.
The best advice life has given me is, if you don’t work, you don’t eat. So every day, I work hard because, I’m trying to feed more than just myself, I’m trying to feed my family.
Ralph Souffrant for Vogue Hommes France
Ralph não é o primeiro modelo a pôr de lado, mais uma vez, os padrões de beleza do mercado da moda, nem será o último.
Recordem Madeline Stuart, uma jovem modelo com síndrome de Down.